Informações sobre a toxoplasmose, causas, sintomas, prevenção e tratamento da toxoplasmose, identificando os diversos tipos existentes.


Prevenção da toxoplasmose congênita

A toxoplasmose é causada por uma infeção através do parasita Toxoplasma gondii, podendo ser adquirida de três formas:

1) Através de ingestão de carne infetada crua ou pouco cozida;
2) Através de uma infeção aguda na mulher grávida que é transmitida ao feto.
3) Através da ingestão de oocistos existentes nas fezes de gatos infetados.

As infeções congênitas, ou seja, as infeções que passam de mãe para filho podem ser muito graves, podendo resultar em retardo mental, epilepsia e cegueira. Perceber-se que determinada toxoplasmose aguda terá ocorrido durante a gravidez é muito importante, já que uma infeção que tenha ocorrido antes de conceber, não pode ser transmitida ao feto. Uma infeção aguda que surja durante a gravidez conduzirá a uma indicação de necessidade de tratamento e pode provocar angústia nos familiares.
Estão bem identificados uma série de cuidados de higiene que permitem prevenir a infeção pelo Toxoplasma, e principalmente as mulheres grávidas devem evitar o contato e a ingestão de carne crua ou mal cozida, assim como evitar as fezes de gatos. Existem autores que não recomendem a utilização de sorologia de triagem em mulheres grávidas, quando se efetua a determinação de anticorpos tipo IgG e IgM anti-toxoplasma nestas mulheres uma vez que podem surgir diversos dilemas no momento do diagnóstico.
Na maior parte dos casos de toxoplasmose aguda, esta é diagnosticada por meio da deteção dos anticorpos respetivos.
Níveis elevados e isolados dos anticorpos específicos tipo IgG apenas indiciam uma infeção em progresso.
A existência de níveis elevados de IgM específica em conjunto com níveis elevados de IgG dão indicação de que existe uma boa possibilidade de ter existido uma infeção aguda nos 90 dias anteriores.  Níveis baixos a moderados de IgM em conjunto com altos niveis de IgG indiciam a ocorrência de uma infeção nos 90 a 180 dias anteriores. Tem havido um aumento significativo na sensibilidade da análise de métodos sorológicos com o objetivo de deteção de IgM, podendo encontrar-se resultados positivos depois de 18 meses ou mais desde a ocorrência da infeção aguda.
Quando se suspeita de IgM falsamente positivo, poderá recorrer-se a teste de avidez da IgG. Quando se inicia uma qualquer resposta imune primária, os anticorpos IgG mostram uma baixa afinidade pelo antígeno. Consoante o amadurecimento da resposta imune, a “avidez” da ligação ao antígeno vai aumentando. Ao tratar o soro com agentes desnaturantes que acabam por quebrar somente as ligações Ag-Ac fracas, pode determinar-se a percentagem de anticorpos mais ávidos, assim como a datação do inicio da resposta imune.