Informações sobre a toxoplasmose, causas, sintomas, prevenção e tratamento da toxoplasmose, identificando os diversos tipos existentes.


Ciclo evolutivo da toxoplasmose

O protozoário Toxoplasma gondii possui ciclo evolutivo heteroxênico. Como hospedeiros definitivos estão os gatos domésticos e silvestres, onde ocorre a reprodução sexuada. Já as aves e mamíferos, inclusive o homem, atuam como hospedeiros intermediários, sendo sede da reprodução por endodiogenia.
Os gatos, devido a seus hábitos de carnivorismo envolvendo aves e ratos, entram em contato com o toxoplasma encistado nos tecidos desses animais. Após uma infecção aguda no gato, os oocistos são liberados pelas fezes durante alguns poucos dias após a infecção inicial, no entanto em grandes quantidades. O oocisto, após sua maturação, é resistente a mudanças climáticas e também desinfetantes comuns, permanecendo viável por muitos meses e até anos no solo.
No hospedeiro intermediário, a contaminação ocorre por ingestão de oocistos esporulados das fezes dos gatos. Quando os oocistos chegam ao intestino, liberam 8 esporozoítos cada um. Estes possuem complexo apical que favorece a perfuração da parede intestinal e o parasitismo de células do sistema fagocitário mononuclear do sangue. Dentro destas células formam-se os taquizoítos, que se reproduzem rapidamente por endodiogenia. Não há fusão do lisossomo com o fagossomo. As células se rompem e os taquizoítos invadem outras células. Essa fase é chamada aguda ou proliferativa. Para fugir da resposta imune, os parasitas, agora chamados de bradizoítos, invadem outros tecidos podendo formar pseudocistos dentro de células como miócitos, neurônios, pneumatócitos I e células da retina. Surge uma membrana cística que protege os parasitas de anticorpos, podendo permanecer por vários anos na forma crônica assintomática – fase de latência. Se houver queda na imunidade, pode haver reagudização da doença, com invasão do sistema nervoso central (encefalite).